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Cadente

O que existe depois do sonho?
Depois que o sol se pôs e as nuvens não dissiparam
Contra quem eu deponho?
pelo crime de ter me roubado da minha história...
Apagado a minha memória enquanto eu a vivia.
escurecido meus dias claros, mergulhado me em lágrimas enquanto eu sorria.

O que me espera depois da curva?
uma estrada turva e sinuosa, inebriada pelas minhas inverdades
e essa saudade tempestuosa de uma vida da qual me despedi
Faz pouco tempo, nem metade...
foi em outra vida, parece eternidade!

e as lembranças da fácil felicidade de quem viveu um sonho se esvai...
e eu vou me empurrando aos tropeços,
como se fosse um ancião que anseia pela liberdade dessa prisão.
Onde sou obrigado a ver minha vida através de memórias,
que talvez jamais voltarão.

Sem acordes, sem violão.
sem festa ou canção.

sem estrelas essa noite, só um céu frio e nublado que me serve de açoite...
... e que me lembra que quando/se amanhecer, meu tempo já vai ter passado.
serei então alcançado pelo fenecer...

como diria pessoa: “não sou nada” e nem posso ser
mas tive em mim todos os sonhos do mundo!
que brilhavam feito estrelas, antes de amanhecer.

O que existe depois do sonho?
como serei capaz de viver?


- Frog-
- tá sempre nublado, parece que vai chover.

Contraversos

Versos escritos sobre o inverso do que penso
no contra-senso dessa subversão, sigo às pressas
no rumo da prece que aperta o coração. Nessa falta de rumo, a bússola aponta a direção

entre os caídos, sem sentido...,
me diga, qual o devido verso que verte em contradição?
na correnteza das incertezas eu navego
sem remo, sem rumo, na proa, de prontidão!
o papel que se suja de tinta transforma minh'alma na embarcação

A cada acorde procurar
Um jeito próprio de encaixar
Um sorriso bobo no rosto
Um traço forte do seu gosto.

Mesmo que não fosse bom
Elogiava cada som...
E ainda pedia pra continuar
Dizer ter tempo sempre pra escutar.

Gostava até quando, sei que tava ruim
E me mostrava aonde melhorar.
Em cada nota ainda está aqui.
Sua voz na música ouço ressoar.
Dizendo

Nunca pare de tentar.
Levante e sempre volte a caminhar
Faça o que caminho que mais te agradar.
Sozinho sei que nunca vão ficar...

As notas tortas de uma mão pequena
Que encaravam uma voz serena.
Quase sempre achava quase bom
Até quando a gente errava o tom

Um jeito leve de me motivar
Deixa a saudade aqui pra me lembrar
Que não importa o sonho que eu sonhar
Nem o lugar aonde ele está!

Pois guardado comigo sempre vai estar
Aquela sua mania de sempre acreditar...

In comum aos renegados

Para os amantes inveterados 
O olhar externo é juiz cruel. 
Poucos entendem a dor da saudade de algo que nunca se foi. 
Para os sonhadores, a realidade é como um véu… 
Que se sobrepõe às infinitas possibilidades de ser e acreditar. 
Para quem vive nas sombras a luz pode ser tortura. 
E a tontura inebriante que se segue ao ver a mente se iluminar 
Pode ser um caminho sem volta pra quem ama sonhar.

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