In comum aos renegados

Para os amantes inveterados 
O olhar externo é juiz cruel. 
Poucos entendem a dor da saudade de algo que nunca se foi. 
Para os sonhadores, a realidade é como um véu… 
Que se sobrepõe às infinitas possibilidades de ser e acreditar. 
Para quem vive nas sombras a luz pode ser tortura. 
E a tontura inebriante que se segue ao ver a mente se iluminar 
Pode ser um caminho sem volta pra quem ama sonhar.
Eu sinto os pesares dos dias sem arte. 
Sem amor da outra parte: a música parou de tocar. 
Eu sinto os juízes a me olhar. 
Sou o louco dançando num campo minado, chorando chuva num dia nublado. 
Esperando encontrar sanidade ou aceitação. 
Abraçando o que os juízes chamam de infantilidade: viver com o coração. Pois pra mim a mente nunca foi um mistério! 
Quando aprender é extremamente fácil, é em sentir que está o mistério! 
A minha arte é pra mim respiração… 
E eu tô aqui, entubado, mantendo o esforço redobrado… 
Pra ter um pouco de ar no pulmão. 
 
… 
 
Pros amantes inveterados e pros sonhadores, um cara comum… 
Mas se o mundo não é feito pra esses tantos?! 
Entre os renegados. 
Sou mais um. 
No mundo dos pesadelos, sonhar se tornou uma rebeldia. 
E quem diria?! 
Incomum.
 
 

Se é pra chover... deixa molhar!
Luiz Carlos, O Frog,

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