Reciclavel.

Lamento admitir, que eu sempre estive aqui.
Preso entre livros e milhões de tarefas...
Perdi meu primeiro amor, por que julgava necessário ter algo a lhe oferecer...
E ela esteve ao meu lado...

Até o dia em que eu resolvi me perder.
Me perder de mim...

Aos poucos, sem sentir.
Mas no fim, não sei ao certo quem se encontra aqui.
Sei que não tenho mais tantas qualidades. Não sou tão inteligente quanto antes...
E não sei fazer algo excepcional.
Não, sou mais tão capaz.






Eu perdi aos poucos a apatia que me fazia seguro de tudo...
E me apaixonei algumas vezes...
Outras, tão singelas e singulares... Foi amor.
Do tipo que rouba o ar dos seus pulmões,
E arrasta consigo multidões de sentimentos.
Esqueci de ver a hora...
Correr atrás do tempo.
A luz que iluminava minha mente se apagou e eu não percebi.
O gênio se foi... Deixando aqui.
O que sou agora.
A apatia se desfez, e minha solidez foi amolecendo e eu, desfalecendo.
Hoje talvez eu não seja mais quem sou...
A vida me mudou por engano...
Fez de mim o que antes eu era...
Torna-me agora mais humano.
Quimera...
Vulnerável, quebrável.
E incrivelmente imutável... E inutilizável.


Por hora espero pelo momento em que alguém perceberá que além de tudo isso, eu ainda sou reciclável.
E me torne novamente... O que um dia eu fui.
Seja por amor, ou por querer demais. Seja como for...
Mas que seja algum dia. E não jamais.

~


por hora, sem mais.

Luiz carlos, frog.
texto registrado.

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