Sem cais

Saltei no escuro
Tornei me constante mudança
Uma vaga lembrança
Explodi meu cais
Deixei pra trás todo porto seguro
Hoje rumo ao futuro
Sem um pingo de paz
Já que a vida me rouba o prumo
Apaga meu rumo
Rouba me o cais
Eu sigo sendo um barco a vela
Num mar revolto
Sem direção
A deriva na vida, eu sigo
Mesmo correndo o perigo
Barco a remo, à coração
Tornei me constante mudança
Joguei fora a esperança de atracar me ao cais
De encontrar algum porto seguro
Projetar algum novo futuro
Viver a vida em paz!
Sigo firme nesse mar de ressaca
Onde a onda maltrata
Nesse vem e vai
Só me resta então tentar cruzar oceanos
Esquecer me dos planos
Despir me da paz
Pois a mim sobram sempre apenas danos
Sou estilhaços de um jovem rapaz
Sigo então a deriva
Na esperança que a alma reviva
Nessa nova constante mudança
Dia desses quem sabe
O destino entre na dança
E traga pra mim o que cabe!
Sigo então sendo só marinheiro
Um fiel forasteiro
Nas aldeias do amor
Rezando pra que a maré mude
E que essa água me inunde
Ou afoge essa dor
Tornei me constante mudança
Pra entrar nessa dança de eterno desamor
Saltei no escuro
Busquei direção
Tornei me mudança
Mudei direção
Por hora me falta
Mudar meu coração
Ou fazer dele mais forte
Aumentar a tripulação!
Dispenso a leveza do cais
Navego sem ter família
Pelo menos, não mais
Sigo sem ter meu cais
Procurando...
Paz.

-Frog

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