Ao sorrir
Não faço mais teses
Nem teorias, nem melhorias
Observo o passar do tempo
E é sob essa forma quimérica
Que vou me despir da coragem "homérica"
Não sou filho dos teus
Se quer filho de Deus.
Sou obra do acaso.
E me atraso ao viver até o presente
Sem presença sublime
Sem olhar que redime.
Sou só eu e o caos
Minha força me distrai
O destino, me traí
E me puxa pra baixo...
E se me encaixo em qualquer padrão
Qual o real motivo, ou razão, pra existir enquanto indivíduo.
Eu duvido.
Duvido de tudo, do mundo
De mim
Minha alma seria uma anomalia bestial
Se eu não pudesse ao menos ser cordeal
Eu não seria quem sou sem lembranças
Sem sorrisos
Sem esse balanço que sigo em direção ao céu
Ou ao inferno.
Sou sempre réu
Meu crime tem sido viver aqui.
Alegria breve.
Quem sabe o quanto se deve
Ao sorrir.
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