O Jovem bardo -()-



A tarde caía aos poucos, embalada ao som das notas simples
E dos versos rimados daquele jovem bardo.
O bardo estava ali quieto sentado.
No colo um violão de traços marcantes
Sons fortes e madeira brilhante

O bardo ali sentado possuía cabelos compridos do qual as mechas repousavam cuidadosamente sobre seus ombros.
Um chapéu longo e arredondado que fazia com que as pessoas que o vissem de frente não enxergassem seu rosto.

De fato, era isso que ele não queria, pois o lago ao lado era o lugar onde durante muito tempo ele viveu, e durante mais tempo viveria.
O pequeno bosque parecia dançar a cada nota tocada.

No entanto da parte mais profunda da floresta, vinha uma melodia que completava de forma harmônica a que agora ele tocava.
“quem será?” ele se perguntava...

Até que então de detrás das arvores saiu uma menina...
Um tanto quanto baixinha e desajeitada
Mais um tanto quanto carismática e ligeiramente atentada.
Ela se perguntava o que aquele jovem fazia ali no bosque...
Já que lhe disseram que naquele lago só um homem residia “o príncipe sapo”
No entanto ela não se importava e sem saber diante de seus olhos lá estava o príncipe sapo.

Cumprindo aquilo que a senhora fada havia lhe dito o sapo ali estava mostrando um de seus rostos para alguém que estivesse disposto a ver além do sapo.

Uma hippie musicista, com os cabelos ondulados ligeiramente revoltos e alourados.
De inteligência quase tão superior quanto a incrível habilidade de se fingir de boba.
O bardo permaneceu ali parado, tocando a melodia dedicada a senhora fada que havia partido. Há algum tempo...

“ o que fazes neste bosque menina?”

“sei lá... num tinha nada pra fazer resolvi arriscar...”

“ ora, então seja bem vinda, tenho estado solitário de uns tempos pra cá... se quiser pode ficar.”

E lá a menina ficou...
O bardo usou seu tempo fazendo serenatas estranhas...
Até algumas que soavam mais como tormento...
Os dois tiveram conversas longas e tocaram juntos por puro divertimento.
As vezes a menina estava no bosque as vezes na cidade. Ainda assim conversavam por meio do correio...

Mas o tempo passou e a correria veio..
A menina tinha algo a fazer... E o sapo também.
Quis o destino que a menina fosse pra longe daquela cidade, e que o sapo só pudesse partir mais tarde...
Ainda havia o que ser feito e mesmo que não lhe fosse direito...
Ele criara um jeito de com ela sempre estar...
A musica que os conectaram hoje, é o que ele faz quando com ela deseja conversar!

~

Da mesma forma que quebra o silêncio, a distância a musica também quebrará!
Pois forma de amor mais forte que a amizade, o criador ainda está pra criar...
E que a felicidade fluídica é a musica, talvez nele ele possa negar!
A hippie chegou aos poucos, permaneceu enquanto pode, partiu porque achou que era o certo...
Mas de certo aqui ela ainda está.



Algumas notas permanecem em silencio até o dia em que regressar...
nem que seja só pra visitar ;)


Por: Luiz Carlos Dos S gonçalves.

(todos os textos são registrados)

Dedicado à uma "barda" "qualquer"...

0 comentários:

Postar um comentário

Seguidores