Mar se poesia

Eis que essa, há de surgir como um desafio!
Eu jogo as palavras pro alto,
Deixo as fluir feito rio!
Convoco a tua simplicidade e genial realeza.
É tua a próxima estrofe...
Presenteie nos com tua destreza!

Realeza? Destreza?
Estes são atributos de rei;
Prefiro a simplicidade, a sutileza.
Mas continue, meu nobre amigo, vamos ver onde deságua a correnteza.

De certo que sei pouco navegar
Rio estreito, bravo mar.
Das palavras não sou domador.
Elas dominam! Não têm um senhor.
Somos nós agora tragados por elas?!
Quem dera poder conduzir, saber velejar...

Troque os verbos, amigo: velejar não é saber, é sentir, é fruir.
E não te incomodes com as ondas do mar, 
Elas não têm senhor, disseste bem.
As ondas do mar vão e vêm , 
É sempre essa a sua dança, faça tormenta ou bonança.
Lembra-te: quem inventa o cais não é o jangadeiro, 
É sim o mestre menestrel mineiro.

E numa chuva de ideias quem diria?!
O mar de palavras virou poesia.
Daquelas que sabemos o bem que trará.
Descanso a caneta.
Me permito sonhar...
Olhando pra um céu cheio de estrelas, mesmo sem vê-las
É belo de olhar.

É assim que é, creio que sempre será:
Dança a vaga, faísca em luz de estrela 
O céu enluarado. Sopra o vento.
Ei-lo nublado!
Da janela do quarto, o olhar do poeta 
Faz poesia a memória da luz
Deixa a gaveta o verso
Há muito esquecido e guardado.


Nilson JR e Izzy Frog

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