Carne morta em apatia

Como se sente o corpo,
Quando a alma esvazia?
Anestesia.
A felicidade dotada do caos
Dá lugar à apatia
Os olhos brilhantes
Ficam molhados
Afogados em nostalgia
O grito da alma sufoca
E ela seca sem alegria
Como vive a mente do corpo sem alma,
Quando a calma é o que lhe alivia?
A calmaria do mar, causa maresia
Tua paz torna-se tempestade
Temporal, arritmia!
Os sonhos se vão no horizonte
E eu distante, anseio por um novo dia
Antes que acabe minha vontade.
Antes que passe a anestesia.
Antes que a dor volte completa
Antes que eu perca minha alegria
Antes que soe o sinal de alerta
E dê um fim à essa agonia
Antes que eu deixe minha carne aberta...
Pros abutres da ironia
Levarem o que me sobra.
E eu seja só um "seria"
É melhor morrer sendo incerteza
Ou viver sob anestesia?

Dispenso qualquer resposta,
Por hora me afogo em total apatia.
Ponho a mascara de volta ao rosto
Retorno outra vez ao meu posto
E espero raiar outro dia.
Que nesse, teu Deus tenha piedade
Afinal, de verdade, quem mais teria?

-Frog

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