à você



Eu não escreveria sobre saudade se não a sentisse.
Não falaria do perdão se ele não me fosse “alcançável”
Não contaria histórias românticas como quem lê um livro bobo, se não acreditasse na tal bobeira.
Não pensaria em você a noite inteira se não tivesse um por que.
Ou então, seria eu masoquista demais pra pensar nas artes de conquista... Ou numa forma de te ter mais perto.

Ao certo eu não sou quem você espera que eu seja.
Não sou quem você deseja.
Mas desejaria ser.
Se isso a fizesse capaz de notar meus olhos...
Perceber que o tempo passou e pouca coisa mudou.
Mas teus olhos não mais se encontram com os meus.
Você renega meus carinhos.
E não seguimos mais os mesmos caminhos.
E eu ainda me preocupo com você.
No meio da chuva enquanto você deliberadamente chama o nome de um outro homem.
Eu te amparo em meus braços e mesmo que eu esteja em PEDAÇOS, eu vou estar lá.
Pra te por de volta ao seu lugar.
Pintar um sorriso no seu retrato manchado por lágrimas.
E te ver sorrir para um outro alguém.
Que de fato não deva ser eu.
Eu compreendo teus desejos. E não nego meus anseios.
E embora minha mente me pregue peças dizendo que não... Eu sei o que sinto.
E sim, eu minto muito bem!
Mas também pudera, a vida é uma quimera... E sorte tem aquele que a descobre monstruosa antes que ela lhe tire um pedaço precioso, como a esperança.
Guardo-te como uma lembrança, e aos poucos a coloco numa estante... Longe demais para o alcance dos meus braços que anseiam um abraço seu.
Ou dos meus lábios que me fazem criar sabores diferentes para os teus.

E embora você não possa me ver, estarei aqui todas as noites rezando por você.

Quando você vem extrapolando a minha escala Richter
e o tremor também vai soterrando meu discernimento
Quando mais ninguém procura nas fissuras de um passado
e a rotina tem que lidar com ferros retorcidos

Quando você vem desmoronando minhas estruturas
pra dançar tão bem nos entulhos das lembranças vagas
Procurando alguém pelos resquícios do que foi vontade
Indo mais além nos escombros do que desejamos ser...
[Jay Vaquer- Presença Hecatombe.]
 
 
por.: Luiz Carlos, Frog.
 
Dedicado àquela que "derruba minhas estruturas", Meu Sismo. 

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