Dessa vez
Olhei pela janela da minha alma uma outra vez...
Nenhuma paisagem bonita, nenhum jardim florido.
Só um talvez.
Resolvi me despir completamente dessa falsa esperança.
Ater me aos pequenos momentos...
Lembrar de tudo o que valeu.
Com o peito apertado abri o pote de memórias, e dessa vez, ao invés de despeja-las numa lata de lixo...
As abracei.
Eu sei, não vou ter volta nenhum sorriso daqueles que perdi, ou desperdicei.
Não vou me aquietar outra vez en algum colo, ou ter a ousadia de ser naturalmente o que a vida me fez!
Também sei que não vai ser dor pra sempre.
E que nem sempre foi dor também!
Resolvi revirar meu paraíso, vasculhar me atrás do juízo! Como quem levanta o tapete pra remover a poeira, ao invés de simplesmente esconde-la.
Abracei meus demônios.
Meu medos,
Minhas desculpas...
Os segredo jamais revelados,
Os amores em segredo velados.
Olhei seu sorriso na única foto que restou.
E entendi: foi amor.
E então olhei pela janela da minha alma uma outra vez...
No meio do dia cinza, que durou faz tempo, uma luz de sol finalmente se fez.
Encontrei no retrato, algo que a tempos andei procurando.
Não mais motivos pra te odiar...
Mas o que te fez me amar, pra eu pudesse fazer o mesmo por mim... Dessa vez.
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