Borboleta

Encantei me reais por olhares que outrora jamais olhariam pra mim
Dediquei me as contradições avessas da magnitude da vida
Tornei me partida!
Despedida eterna, de momentos felizes
Dos réus ou juízes
Da sensatez ou falta dela...
Tornei me desenho em tela
Imóvel, irremediavelmente em rascunho
Como uma pintura íntima inacabada.
A vida desceu a escada a sobressaltos
E eu não passei do primeiro assalto,
Beijei a lona...
E isso foi tudo o que beijei.
Mas não tudo o que deixei.
Tornei me caos, rebelião...
Semeadura!
É na colheita da loucura que busco inspiração
Pra me tornar talvez um Picasso...
Mondrian, ou algo no compasso.
Me desfaço outra vez, esperando ser saudade
Sem vaidade, sem vez.
Eu fecho a porta do quarto e abraço meu mostro favorito.
Em meu coração, semeio algo bonito
E espero a primavera chegar,
Pra minha desabrochar...
Os dias frios chegarem ao fim.
E eu ser borboleta
Não jardim.

-Frog

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